Oliveiras

Quando chegaram a Igreja para assistir à Missa deram-vos um ramo de Oliveira e um pequeno embrulho...que vos pediram que abrissem mais tarde, já vão descobrir porquê.

Se estivemos todos com atenção, percebemos que hoje, Domingo de Ramos, há duas atitudes. Primeiro, a multidão aclama Jesus, depois condena-o. E nós, será que fazemos o mesmo?

Apesar de termos passado a Quaresma a dizer que fizemos tudo para mudar, que tentamos cumprir tudo a que nos propusermos...Será que o conseguimos realmente?

Se já me dei conta que não posso magoar os meus pais como tantas vezes faço...

Se já percebi que não posso fechar a porta quando precisam de mim...

Se já percebi que não consigo ir para as aulas, para casa ou ao cinema, sem te levar comigo...
Se já percebi que caminhas comigo nas minhas dúvidas e nos meus medos...

Se já percebi que não posso ficar calado quando estou entre pessoas que dizem mal de ti....

ENTÃO, percebi que TU és o MAIS importante para mim.
Então, tenho de te dar espaço na minha vida... basta dar-te um simples bom dia ou boa noite, basta um simples “OLÁ, ESTOU AQUI, QUERO CONVERSAR CONTIGO”...

Se percebi tudo isto, é porque juntos fazemos uma óptima equipa e portanto, a minha Oliveira deu azeitonas...E a vossa??? Deu Fruto???

Se realmente acham que colheram algo positivo nesta Quaresma, abram o embrulho que vos deram... Se não, não desistam, não existem fórmulas mágicas, porém acreditem que a Oliveira é capaz de dar fruto, independentemente das condições do solo.

O importante é que sejamos persistentes como as Oliveiras...
Eu, cá por mim, vou fazer tudo para continuar a amar todos os dias, só assim conseguirei tornar-me numa grande árvore cheia de frutos!

Texto da Acção de Graças da missa do 7ºAno (João Almeida e Luís Azeredo), 2008